O Banco Central anunciou o nome da nova moeda digital que será criada no Brasil: Drex. A divisa será uma continuidade do Pix, mas para transações mais complexas, entre o BC e instituições financeiras.
A população vai ter acesso ao chamado real tokenizado, uma espécie de criptomoeda garantida pelo Banco Central, que funcionará no sistema blockchain. O dinheiro virtual, porém, não terá variação de valores como as criptomoedas.
“O Drex está chegando para facilitar a vida dos brasileiros. De cara nova e nome próprio, nosso projeto de moeda digital de banco central (em inglês, Central Bank Digital Currency – CBDC), criado e operado pelo Banco Central do Brasil (BC), agora se chama Drex. A solução, anteriormente referida por Real Digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores”, disse o BC em nota.
O Banco Central explicou ainda que a combinação de letras forma uma palavra com sonoridade forte e moderna: “d” e “r” fazem alusão ao Real Digital; o “e” vem de eletrônico e o “x” passa a ideia de modernidade e de conexão.
Na prática, a moeda digital de Banco Central (CBDC, na sigla em inglês) nada mais é do que uma nova representação do real, só que 100% disponível em uma plataforma digital. O Drex deve ter utilidades parecidas às do sistema de pagamentos instantâneos da autarquia, o PIX, mas há diferenças.
O Banco Central explicou ainda que a combinação de letras forma uma palavra com sonoridade forte e moderna: “d” e “r” fazem alusão ao Real Digital; o “e” vem de eletrônico e o “x” passa a ideia de modernidade e de conexão.
Na prática, a moeda digital de Banco Central (CBDC, na sigla em inglês) nada mais é do que uma nova representação do real, só que 100% disponível em uma plataforma digital. O Drex deve ter utilidades parecidas às do sistema de pagamentos instantâneos da autarquia, o PIX, mas há diferenças.
Além disso, o usuário também poderá transferir reais digitais para outras pessoas, transformá-los em depósito bancário convencional e sacá-los em formato físico, além de pagar contas, boletos e impostos.
“Ou seja, poderá movimentar seus Reais Digitais da mesma forma que você movimentaria seus recursos hoje depositados nos bancos”, afirmou o BC em nota.
Segundo o Banco Central, os criptoativos (ou crypto assets) não têm as características fundamentais para serem considerados moeda — que se prestam como meio de troca, reserva de valor e unidade de conta — e não são emitidas por autoridades monetárias (bancos centrais). Os CBDC, sim.
Além disso, o BC ainda reforça que criptoativos, como Bitcoin e Ethereum, apresentam “uma grande volatilidade”, o que dificultaria o seu uso como meio de pagamento.
Já no caso da nova moeda digital brasileira, a autarquia afirma que está sendo desenvolvida para “dar suporte a um ambiente seguro” onde empreendedores possam inovar e onde os consumidores possam ter acesso às vantagens tecnológicas trazidas por essas novas ferramentas e sem que, para isso, precisem “se expor a um ambiente financeiro não regulado.”
Custos embutidos
Segundo o coordenador da iniciativa do real digital pelo BC, Fabio Araújo, por estar sempre associada a um serviço financeiro, é natural que os custos da plataforma da nova moeda digital estejam embutidos.
“A vantagem do ambiente digital é a automatização. Como você não precisa mais de um intermediário ali, você reduz muito o custo e facilita o uso da tecnologia para trocas mais baratas, além de ampliar e democratizar o acesso aos serviços [financeiros]. Então tem um custo, mas esse custo parece ser muito mais barato”, afirmou ele durante uma live transmitida pelo BC nesta segunda-feira.
De acordo com o BC, uma das diretrizes da nova moeda virtual brasileira é que ela mantenha os níveis elevados de segurança e privacidade que hoje já estão disponíveis nas operações realizadas no sistema bancário e de pagamentos.
O que se sabe sobre a nova moeda
- Será emitida pelo próprio BC, como uma extensão da moeda física, com a distribuição ao público intermediada pelos bancos e instituições de pagamento;
- sua custódia ficará no Banco Central;
- poderá ser trocada pelo real tradicional (em notas), e vice-versa, mas o foco serão as transações financeiras;
- a cotação frente a outras moedas também será a mesma;
- não será permitido que os bancos emprestem esses recursos a terceiros — como acontece atualmente com o real físico — e depois os devolva aos clientes;
- não haverá remuneração, ou seja, os recursos não terão uma correção automática;
- haverá uma garantia da segurança jurídica, cibernética e de privacidade nas operações.