Caged: Brasil abre 372 mil empregos formais em agosto, mas salários registram queda

Dados foram publicados na manhã desta quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho

O mês de agosto encerrou com saldo positivo na geração de empregos formais. Ao todo, foram registradas 372.265 carteiras assinadas, de acordo com dados publicados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) na manhã desta quarta-feira (29). No entanto, o salário médio registrou queda de 7,2% comparados com os dados de abril.

O país registra seu oitavo mês de abertura de postos formais de trabalho. No mês de julho, foi registrada a criação de 303.276 vagas.
Em agosto de 2020, foram registradas 242.543 vagas com carteiras assinadas.

No acumulado anual, o saldo do CAGED é positivo em 2,203 milhões de vagas. Já em 2020, no mesmo período, o saldo foi negativo, quando o país registrou o fechamento de 849.387 postos de trabalho.

O Caged leva em conta apenas o mercado formal, em que o trabalhador possui registro em carteira. No entanto, a formação do mercado de trabalho brasileiro é formado em sua maior parte pelo trabalho informal.

Queda no salário

Embora os números apresentados pelo Caged retratem a geração de mais empregos no país, os trabalhadores tiveram queda em seu salário real, o que compromete a renda das famílias, sobretudo em tempos em que a inflação está em alta.
Em abril, o emprego em carteira pagava, em média, R$ 1.920,55. Em agosto, esse valor foi de R$1.782,00, uma queda de 7,2%. Se comparado com o salário médio registrado em agosto do ano passado, a queda é de 6,47%.
Segundo o Ministério do Trabalho, esse fenômeno acontece em razão da contratação de mão de obra menos qualificada.

Setores e o Desemprego

O setor de serviços foi novamente o responsável por puxar a alta apresentada pelo CAGED, somando 180.660 postos formais. Já o comércio, em seguida, criou 77.769 vagas.

Regiões e Estados

A Região Sudeste foi a que gerou mais postos de trabalho. O saldo positivo ficou em 185.930 vagas, o que corresponde a um aumento de 0,88% ante julho. No Nordeste foram criados 82.878 postos (crescimento de 1,25%); na Região Sul o saldo também ficou positivo (54.079 postos, +0,69%), a exemplo do Centro-Oeste (+29.690 postos, +0,84%) e do Norte (+19.778 postos, +1,03%).

São Paulo foi o estado que registrou o maior saldo positivo, com 113.836 novos postos de trabalho (alta de 0,89% na comparação com julho); seguido de Minas Gerais, com 43.310 novas vagas (alta de 0,99% na comparação com o mês anterior) e do Rio de Janeiro, com 22.960 novos postos (alta de 0,71%, na comparação com julho).