O representante do banco, Marcelo Souto, trouxe o retorno de questionamentos feitos na rodada anterior, mas as informações não foram completas, especialmente quanto ao número de trabalhadores bancários.
“Ele informou que, neste semestre, o banco contratou 617 novos funcionários bancários, mas não apresentou o número de demissões, embora afirme que o saldo foi positivo. A ausência de informações quanto ao número de bancários entre os 54 mil trabalhadores do conglomerado Santander vem de encontro à caixa preta das terceirizações no banco”, avalia Ana Stela Alves de Lima, representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), na mesa de negociação.
A rodada desta sexta discutiu cláusulas sociais, como a ampliação das ausências abonadas, licença não remunerada para fins de estudo, pagamento de ao menos duas provas de certificação Ambima, licença remunerada para mulher vítima de violência e licença menstrual.
“Também foi debatida a garantia de redução de jornada por obrigações familiares. Esta cláusula diz respeito ao artigo segundo da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.”
Também a preocupação com o meio ambiente e a transição justa foi levada à pauta pelos representantes dos trabalhadores. Entre outras questões, foi solicitado o cancelamento da concessão de crédito a empresas com irregularidades socioambientais. O Santander informou ter sido premiado como banco ESG pela revista britânica Euromoney.
“Na próxima semana, aguardamos o retorno das cláusulas abordadas no dia de hoje e faremos a discussão das cláusulas de saúde. Nova negociação será no dia 02 de agosto”, lembra Stela.
Fonte: Sindicato de Campinas