Coletivo Nacional dos Financiários e Acrefi voltam à mesa de negociação pela Campanha Nacional 2024
Na tarde desta sexta-feira (19), o Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizou mais uma rodada de negociações com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). A pauta do encontro incluiu temas cruciais como saúde, segurança dos trabalhadores, metas e violência contra as mulheres.
As metas de desempenho têm sido um ponto central nas discussões, pois pesquisas realizadas na categoria indicam que elas são o maior fator de desencadeamento de condutas violentas e de assédio moral no ambiente de trabalho. O movimento sindical tem reivindicado a discussão contínua sobre as metas e a implementação de reuniões mensais para acompanhar o tema.
Os representantes do coletivo destacaram a importância da transparência no aparato de segurança das financeiras em relação aos dados dos locais de trabalho.
Outro ponto crucial debatido foi a violência contra as mulheres. A representação dos trabalhadores reforçou a necessidade de criar um canal de apoio dedicado a tratar de questões relacionadas à violência contra a mulher. A finalidade é acolher a financiária vítima de violência doméstica e familiar e proporcionar o suporte necessário para o enfrentamento e superação da situação.
A rodada de negociações reforçou o compromisso das entidades em buscar soluções que promovam um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para todos os trabalhadores do setor financeiro. As discussões continuarão em reuniões futuras, com a expectativa de avanços significativos em cada uma das pautas apresentadas.
Walmir Gomes, representante da Federação dos Bancários de SP e MS, destacou a importância das discussões sobre as metas de desempenho e seu impacto no ambiente de trabalho. “As metas de desempenho, quando mal gerenciadas, podem se tornar uma fonte de estresse e assédio moral. É fundamental que tenhamos um acompanhamento rigoroso para garantir que os trabalhadores não sejam prejudicados,” afirmou Gomes.
Sobre a segurança dos trabalhadores, Gomes enfatizou a necessidade de medidas eficazes. “Precisamos de transparência nos métodos de segurança adotados pelas financeiras. Os trabalhadores devem se sentir protegidos tanto no local de trabalho quanto em visitas externas,” disse ele.
Em relação à violência contra as mulheres, Gomes apoiou a criação de um canal de apoio. “A violência contra as mulheres é uma questão séria que exige atenção especial. A criação de um canal de apoio é um passo importante para oferecer suporte às vítimas e ajudá-las a superar essas situações,” concluiu Gomes.
Contraf Cut, editado por Feeb SP/MS