De acordo o Pnad, taxas da população subocupada e de trabalhadores por conta própria são as maiores na série histórica iniciada em 2012 pelo IBGE
O mercado de trabalho brasileiro fechou o segundo trimestre de 2019 com dois recordes negativos, na série histórica iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nas taxas da população subocupada e de trabalhadores por conta própria.
A população subocupada, trabalhadores e trabalhadoras disponíveis e que precisam trabalhar mais horas, mas não conseguem, atingiu 7,4 milhões de pessoas – aumento de 8,7% em relação ao trimestre anterior e de 13,8% em relação ao mesmo período de 2018.
Já o número de trabalhadores por conta própria, que fazem bicos para sobreviver, atingiu a marca de 24,1 milhões de brasileiros, 1,6% a mais em relação ao trimestre anterior e 5% em relação ao mesmo período de 2018.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31) pelo IBGE.
Subutilização
No segundo trimestre do ano, a subutilização atingia 28,4 milhões de pessoas (3,4% a mais). O grupo que o IBGE denomina ‘subutilizados’ é formado por trabalhadores desempregados, desocupados, os subocupados, desalentados e uma parcela que não consegue procurar trabalho por motivos diversos. Entre essas pessoas, 12,8 milhões estavam procurando emprego e 4,9 milhões estavam desalentadas.
Desalento
O total de desalentados, trabalhadores que desistiram de buscar emprego depois de muito procurar e não encontrar, 4,9 milhões de pessoas, não teve uma variação significativa em relação ao trimestre anterior ou ao mesmo período do ano passado, mas continua alto.
Sem carteira
O número de trabalhadores sem carteira assinada chegou a 11,5 milhões de empregados, um aumento de 3,4% na comparação com o trimestre anterior. Já os com carteira assinada totalizou 33,2 milhões de trabalhadores.
Fonte: Contraf