Trabalhadores protestam na sexta-feira (9), em defesa do banco público e cobram mais transparência sobre o Plano de Adequação de Quadros que atingirá superintendências, dependências, órgãos regionais e agências
O Banco do Brasil anunciou mais um Plano de Adequação de Quadros (PAQ) que afetará funções, agências e departamentos. Também está sendo preparado um novo plano de desligamento incentivado. Os funcionários, porém, têm poucas informações sobre o processo.
Diante da falta de informações, bancários de todo o Brasil realizam na sexta-feira (9) um Dia Nacional de Luta em Defesa do Banco do Brasil.
Rede de agências mais impactadas
Em reunião realizada no dia 29 de julho, o banco informou que 710 agências serão impactadas em todo o país. Dessas, 634 diminuirão de nível (o banco classifica as agências em quatro níveis: A, B, C e D). Ou seja, perderão funcionários e o gerente terá redução de salário. As 76 restantes aumentarão de nível.
Isso significa que a quantidade das agências que aumentarão de nível não suprirá a de unidades que tiverem redução de nível e, consequente, diminuição do número de funcionários e de salário dos gerentes.
Revisão de postos de trabalho
O número de dotações será aumentado em 1.505 agências e reduzido em 1.765 unidades. Novamente a conta não vai fechar.
Sem detalhar, o banco informou que a Plataforma de Suporte Operacional (PSO) sofrerá redimensionamento, o que já está afetando a rede de caixas. O movimento sindical cobra esclarecimentos.
As Gerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior (Gecex) também passarão por alterações, com a criação de unidades de negócios especializados, escritórios de comércio exterior digital e redimensionamento. Ou seja, a rede abrirá vagas de assistentes, mas perderá uma série de funcionários, principalmente escriturários.
O banco disponibilizou o número 0800-7295-299 para que os funcionários tirem suas dúvidas a respeito do PAQ.
Esse novo PAQ irá reclassificar agências, retirar funções e colocar uma série de problemas tendo em vista no horizonte a ampliação da digitalização e o desmonte da função social do banco. Cobramos da direção mais transparência sobre os impactos aos funcionários das áreas envolvidas no plano de adequação de quadros e também a abertura de novos concursos a fim de reparar a redução das vagas causada por mais essa reestruturação.
Fonte: SPBancários, com edições da Contraf-CUT